Fontes de informação
Para poder escolher bem é necessário ter um bom conhecimento das alternativas e das opções.
As fontes de informação a que os jovens podem recorrer são várias:
pessoas - os pais, amigos, professores e colegas têm sempre uma história para contar que vai ajudar a conhecer realidades diferentes; uma das formas de suscitar o interesse dos jovens por diferentes alternativas é contar um história de sucesso, pois personaliza um conjunto de informações;
documentação - várias instituições como o Ministério da Educação ou o gabinete de apoio ao aluno das escolas, disponibilizam folhetos e livros sobre as diversas formas de ensino, que podem ser muito úteis para quem desconhece certas alternativas e onde é que elas estão disponíveis;
visitas - uma ida a empresas, instituições e escolas permite uma visão mais real do que se passa e permite que o jovem possa ter dados fundamentais para fazer a sua escolha.
Uma consulta a fontes de informação diversificadas permite o confronto entre dados e uma comparação mais fácil. Nenhum dado deve ser tomado como definitivo pois pode mostrar uma situação extrapolada ou excepcional, alterando e influenciando as decisões dos jovens. É importante obter o máximo de fiabilidade nas informações recolhidas.
Métodos de recolha de informação
Mais uma vez se impõe a elaboração de um plano faseado de modo a organizar a recolha e estruturá-la, permitindo a sua análise mais fácil:
começar pelas pessoas mais próximas interrogando-as sobre as suas ideias e experiências, retirando daí conselhos para as áreas de investigação a pesquisar; é importante ter já uma ideia da área ou áreas que se pensa seguir de modo a simplificar a pesquisa;
questionar o orientador escolar sobre quais os melhores locais a visitar para obter as informações necessárias, ou mesmo consultar alguma documentação que ele já possua;
deslocar-se a instituições como o Ministério da Educação, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, ou o Instituto Português da Juventude para obter informações sobre os cursos e instituições onde são ministrados;
quando se elegeu o curso ou cursos mais interessantes, é sempre bom um contacto mais pessoal com os alunos ou professores desses cursos de forma a que a se tenha uma perspectiva mais prática do que está envolvido.
Conselhos para a recolha de informação
Quando chegamos ao final deste processo temos um conjunto ordenado de informações que irá auxiliar a escolha a fazer. No entanto, é bom lembrar ainda alguns cuidados que são necessários na recolha das informações:
os dados têm de ser adequados ao assunto que procuramos, pois juntar ao nosso conjunto de informações dados que pouco têm a ver com o que queremos só servirá para confundir as ideias e dificultar a escolha;
a informação que obtivermos deve ser também pertinente, pois muitas vezes os dados que nos são fornecidos pouco interesse têm para a situação em que nos encontramos;
as informações devem ser validadas, isto é, deve ser feita uma comparação entre as diversas fontes, para assegurar que os dados recolhido são mesmo fiáveis;
a actualidade é também de extrema importância pois no sector da educação, são vulgares e frequentes as mudanças nos currículos e cursos para se adaptarem às necessidades dos estudantes e ao desenvolvimento tecnológico.
Escolhas vocacionais
A falta de qualificação
Para cada criança, para cada jovem, enfim, para cada aluno teremos de encontrar uma solução diferente. Não existe nenhuma fórmula mágica, nenhuma "receita", como costumamos dizer aos nossos alunos, futuros educadores e professores, que garanta o sucesso educativo e, mais importante ainda, o sucesso na vida de todos os alunos.
O que é a orientação profissional
A orientação profissional é um dos componentes mais importantes do ensino. É essa orientação que vai permitir a escolha da área de trabalho futuro, para a qual o jovem se vai preparar e onde permanecerá, provavelmente, durante toda a sua vida profissional. Por tudo isto, é necessário garantir que o aconselhamento seja oferecido ao estudante com a necessária antecipação, e de forma a possibilitar-lhe todas as condições para tomar a sua decisão.
A primeira opção é tomada no 9ºano e envolve a extensão do estudo que se pretende fazer e a respectiva área, ainda bastante vasta. Nos anos seguintes os estudantes têm o primeiro contacto com essas matérias através de disciplinas específicas que lhes permitirão experimentar as várias componentes dessa área, para mais tarde escolher um curso ou uma profissão.
A orientação profissional pode e deve ser feita não apenas por uma análise individual das potencialidades e opções. A decisão deve ser o culminar de um processo que envolve os pais, professores e um orientador escolar que irá ministrar ao jovem, testes vocacionais que lhe permitirão descobrir as suas facetas e aptidões de modo a aconselhá-lo com confiança e precisão.
A escolha do percurso a seguir vai determinar, em grande parte, o futuro do jovem pelo que o aconselhamento e a decisão se revestem da maior importância. Uma decisão a este nível tem pesado custos para ser revertida.
Por tudo isto é imprescindível a consciencialização tanto dos jovens, como dos pais, professores e educadores para a extrema importância desta questão. Aos jovens tem que ser facultada toda a informação, tempo e liberdade de escolha.
Escolha vocacional
O primeiro passo para a escolha do futuro profissional é o conhecimento de si próprio, pois só isso abrirá pistas para o melhor caminho a seguir. Para tal é necessário identificar as características pessoais, as preferências em relação aos vários aspectos da vida e as aptidões para as diversas actividades.
Os testes vocacionais que são realizados nas escolas a alunos do 9º ano têm como objectivo detectar todos estes elementos que podem influenciar as escolhas profissionais.
Características físicas
Pode parecer trivial, mas muitas vezes as próprias características físicas condicionam as nossas aptidões para o desempenho de uma actividade e alguns jovens têm pouca consciência disso. Como tal, um dos primeiros passos é determinar qual a imagem física que se pode desenhar de cada pessoa, até porque é a forma mais fácil de iniciar a viagem que pretende atingir uma descrição total de si próprio.
Características afectivas
As preferências e a personalidade são, na maioria dos casos, revelados pelo conjunto de objectos, pessoas e actividades que se encontram mais próximas de cada um. Deste modo, através de uma análise das escolhas em assuntos mais simples podem revelar-se as preferências e aptidões mais profundas e inconscientes.
Características intelectuais
Todas as pessoas raciocinam de forma diferente. Quer através do estudo, quer através das experiências que tiveram, organizaram esquemas mentais que condicionam os juízos sobre outras pessoas, situações ou assuntos, os problemas com que se preocupam, os hábitos de trabalho que possuem ou as reacções a determinados acontecimentos.
Valores
O pensamento e a acção de uma pessoa estão condicionados pelos valores que lhe são inculcados. Cada um de nós dá uma importância relativa diferente a cada valor como a segurança, a liberdade, a riqueza, a honestidade, o altruísmo ou a sabedoria. O conhecimento desta posição relativa pode também influenciar a carreira para a qual uma pessoa está mais apta.
Atitudes e comportamentos
Existem várias situações em que é importante analisar as reacções dos jovens, para determinar mais algumas informações sobre a sua personalidade. Assim, quer em relação com outras pessoas, os seus familiares, amigos, professores, quer em situações específicas de trabalho ou lazer, é necessário analisar as atitudes e comportamentos e saber justificá-los.
Interesses
Os testes muitas vezes incidem sobre comportamentos e atitudes perante formas alternativas de trabalho que revelam as preferências e os interesses que cada pessoa tem. Por exemplo, algumas preferem trabalhos intelectuais, enquanto outras, quando lhes é dada a escolha preferem trabalhar ao ar livre em contacto com a Natureza. A análise destas respostas pode levar a importantes descobertas na vocação de um jovem.
Capacidades e aptidões
Por fim, para ter um bom conhecimento de si próprio, é necessário ter consciência do que se consegue fazer bem e quais as técnicas para as quais se possui um jeito natural e quais são as áreas para a qual não existirá nunca inclinação, mesmo que seja dada formação nesse sentido.
[00:12
|
0
comments
]
0 comments
Enviar um comentário