| 0 comments ]


Benigno Papelo
Presidente da VJM/ VJM President
vjm.presidente@tdm.co.mz


Qual é o diferencial competitivo em Moçambique?

Quando se houve a palavra concorrência, já nos vem na mente que se trata de competitividade, de duas ou mais empresas, organizações, que se dedicam no mesmo ramo de actividade, mas que procuram estabelecer um diferencial, será que é competitivo ou informativo? Este mesmo diferencial é implementado ao longo do exercício de actividades destas mesmas empresas, de modo que possa atingir e conquistar mais consumidores, as ONGs não ficam de fora, por mais que não admitam que não são concorrentes, por detrás do pano, sempre existe um espírito competitivo entre elas, o mesmo para os músicos, artistas plásticos e artesanais, etc.

Para o caso particular de Moçambique, a concorrência é um flagelo que para além de elevar a instituição, denegri a si própria, poupando o esforço dos seus concorrentes na implementação do seu diferencial, o mercado moçambicano enfrenta um grande foço que é a quase da inexistência de concorrentes do mesmo nível, pois para a nossa realidade temos poucas empresas da mesma envergadura, as macro empresas (TDM, Mcel, Petromoc, Coca-Cola, Vdacom, etc) estas enfrentam o grande o problema da não existência de concorrentes directos, e com capacidades financeiras, humanas, e sobretudo instalações próprias. Dai que as micro empresas, vêem-se encurraladas, pois porque estas mesmas empresas são prestadoras de serviços, ou seja tornam-se subordinadas das macro empresas, exemplo claro é da antiga loja NIZA, em que os seus anúncios publicitários da venda de telemóveis, fazia associando aos produtos da Mcel, ou seja a NIZA sem a Mcel, não podia lançar uma campanha publicitaria de telemóveis, dai que em Moçambique as empresas esforçam-se simplesmente para fazerem anúncio publicitário dos seus produtos, vendo na sua maioria anúncios enganadores, isso vive-se mais no cenário das micro empresas, tornado o mercado cada vez mais degradados em anúncios com qualidade e seriedade, e um mercado não competitivo, pois as mesmas macro empresas quebram as barreiras do segredo e confidencialidade no ramo do negocio, elas trocam-se de mesmas agencias publicitarias, até os personagens de acção, e em menos de um mês a agencia já esta lançar campanhas difamatórias ao seu antigo cliente ao serviço do seu actual cliente.

Este cenário também vive-se no ramo da educação privada, pois existem inúmeras instituições de ensino privado, normalmente as campanhas publicitárias destas instituições, são na vertente qualidade de ensino e melhores condições, concordo quando dizem que um dos seus diferencias são as melhores condições de ensino, mas qualidade, esta palavra fica deturpada porque todas as instituições de ensino vêem-se obrigadas a repartir o mesmo corpo docente em horas disponíveis, dai que quem faz a qualidade é o corpo docente, as condições de ensino são complementares para o sucesso do ensino.

Em linhas gerais enquanto não existirem empresas e agencias descentralizadas independentes, e as mesmas possam reger-se dos seus estatutos, de modo que o mercado possa reorganizar-se e tenham a suas linhas de acção e sobretudo recursos e mercado próprio, evitaremos confrontações e concorrências desleais, e o desaparecimento prematuro das micro empresas, porque o diferencial é tido ao longo do processo da identificação do negócio que pretende operar no mercado

Abraço Forte