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Gracinda Mondlane

Setembro

O perfume do vento,
O barulho dos pássaros,
As águas que algures escorrem
Nos rios que perto correm,
Os desejos no pensamento derramados,
Sobre mente vazia se instalam,
No silêncio do ruído, a escutar.

O bailado nas noites escuras,
Ao ritmo dos batuques, à beira do mar,
Na infindável imensidão,
No tempo, na interminável escuridão;
Quando os medos em ternura se convertem,
O sol chega, ao longe a clarear,
Num instante o despertar reina, a noite finda.

O vento de Setembro que mais não sopra...
Recordações únicas, momentos guardados,
Para um amor que vem,
Para uma vida também,
Chama e convida aos calorosos bailados,
Perpetuados nas noites de Setembro.