Kátia Vanessa Omar Ibrahimo
Apresentadora de TV
Psicóloga Socia e Organizacional
Ainda me lembro do ano e da aula na faculdade em que pela primeira vez abordamos de forma mais profunda o tema “liderança”. Foi há pouco tempo, em 2006, estava eu no meu terceiro ano da Faculdade de Educação, no meu curso de Psicologia, já a fazer a especialidade de Psicologia Social e Organizacional, e este era um tema mais do que necessário para ser incorporado no nosso currículo e interiorizado por nós, como futuros cientistas sociais e organizacionais. A matéria, o conceito e os aspectos ligados à liderança não poderiam ter sido melhor aprendidos e apreendidos também se não fosse pelo docente que passou isto para nós, de forma simples, directa e concisa, que prendia de forma mágica a nossa atenção. E eu pensava na altura “este professor está a liderar esta aula!”.
Bem, esta foi uma forma de introduzir o tema que aqui vou retratar: a liderança.
Na definição de liderança, a maior parte dos especialistas concordam que ela é o processo de conduzir um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objectivos da equipe e da organização. E líder, em poucas palavras, é aquele em quem se reconheçam motivos para ser ouvido, acatado e seguido.
Deve existir um líder em cada um de nós, consoante a nossa posição, seja ela qual for. E isto pode ser observado em qualquer área da vida, desde tenra idade. Já ocupamos posições de liderança ao chefiarmos uma brincadeira com o nosso grupo de amigos (“o João é que vai dizer quem é que joga à frente e quem é que joga atrás” – o líder maior deste grupo já está a atribuir outra liderança a um outro membro do grupo, o que significa que a liderança não passa só pelas mãos de uma pessoa, num grupo, mas de mais pessoas também, e que cada uma delas tem as sua tarefas por cumprir, com a liderança devida para a sua posição; a posição que lhe atribuíram, que conquistou ou ainda a que ela própria se atribuiu por consenso de todos ou da maioria).
Muitos especialistas acreditam que as pessoas têm predisposições, ou coisas pelas quais elas são mais atraídas. Por exemplo, eu posso ser mais predisposta a trabalhar em questões estratégicas; mas as pessoas podem aprender técnicas que lhes permitam participar plenamente de todos os domínios da liderança. Eu posso aprender a gerir melhor os talentos ou a desenvolver o capital humano. A pesquisa sobre liderança mostrou que metade dessa capacidade é inata, é a nossa predisposição. A outra metade representa coisas que podemos aprender e dominar.
Dave Ulrich, um dos maiores especialistas em gestão de pessoas do mundo, acredita que alguns líderes tenham perícia e sabedoria para influenciar os seus próprios chefes. Isto significa que nem todos os líderes empresariais são “os chefes”, “os patrões”, mas também podem ser os subordinados a eles. Mas atenção, gerir os superiores é uma arte. Ela exige que o subordinado saiba exactamente do que o chefe precisa e saiba também demonstrar que pode ajudá-lo a alcançar o que quer. “A influência de baixo para cima não se dá por cargo ou tempo de empresa, mas por perícia e sabedoria, afirma Ulrich.
Para alguém se tornar um bom líder deve se perguntar primeiramente se realmente quer liderar. A liderança tem o seu preço. Ela exige o abandono da autonomia pessoal e de alguns relacionamentos. Também pode exigir a aprendizagem de novas técnicas, e pedir que o profissional assuma riscos pessoais e profissionais. Depois, a pessoa deve se perguntar quais são as suas forças e fraquezas na liderança. Que dimensões da liderança ocorrem mais naturalmente para ela? Quais são as áreas em que pode ter sucesso gastando menos energia? Por fim, é preciso se perguntar quais são os resultados que mais deseja obter. Quem são as pessoas que me seguem como líder? Como posso garantir que o meu trabalho supra as necessidades e expectativas dessas pessoas?
Bem, se não é fácil ser-se líder na área profissional, será que também não é fácil ser-se líder da sua própria vida, na área pessoal? Conhecer os seus pontos fortes e os seus pontos fracos, assumi-los e tentar usá-los a seu favor. Liderar um relacionamento afectivo de anos e anos com muito sucesso. Liderar uma casa, um lar, uma família; fazer com que os seus membros familiares o oiçam, respeitem e sigam o seu exemplo e a sua palavra. Liderar o presente que a cerca, saber que o passado aconteceu e tirar dele os sucessos para o futuro e os fracassos como uma experiência e aprendizagem para se ter uma outra postura, outra atitude e comportamento…
Todo nós tentamos liderar a nossa vida e a dos outros pelo menos uma vez na vida. Uns com muito sucesso, fazendo uso da sua liderança carismática e aprendida e outros sem o sucesso desejado, e talvez merecido; mas todos lideramos! E então, como fazer para liderar a nossa própria vida? Esta é uma pergunta que fica para a sua reflexão…
Fontes/ Sources:
Internet: www.wikipedia.org/wiki/Lideranca;
http://www.merkatus.com.br/10_boletim/73.htm
[02:46
|
0
comments
]
0 comments
Enviar um comentário