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Pobreza Absoluta....Vamos Combater a Pobreza absoluta? Essa é uma questão que o governo Moçambicano abraçou no seu plano governamental, e vem transmitindo ao povo, que combater a pobreza absoluta é produzir, ser empreendedor.
É comum ouvir na zona rural “produz para combater a pobreza absoluta”. Portanto qualquer um que queira iniciar uma actividade rentável, socorre-se da justificativa “combater a pobreza absoluta”.
Qual é a real pobreza em Moçambique e com quem esta essa pobreza absoluta? Falamos tanto em combater essa pobreza, que tanto nos impulsiona ao apetite de chegar a conclusão e obter os resultados, esquecendo deste modo a parte intelectual, excitando o povo a engajar-se na produção agrícola e gerar actividade de rendimento. É nesse estagio que se evidência o fundo de iniciativa local, os sete milhões de meticais, visto como um combustível para acender o espírito trabalhador da população nos distritos, transformando-os no pólo de desenvolvimento, excelente ideia, que pessoalmente apoio, mas fustiga-me em pena do povo que se beneficia desse fundo, se lembrarmos, Moçambique ainda enfrenta lacunas na rede educacional, principalmente nas zonas urbanas, e os distritos ainda vivem a escassez do alargamento da rede escolar, o desenvolvimento em primeiro lugar deve ser académico, intelectual, de modo a ter bases teóricas para avançar ao trabalho de campo (prática).
Ao longo das campanhas que se vem desenvolvendo na transmissão do espírito para o combate a pobreza absoluta, são transmitidos conhecimentos práticos, omitindo os teóricos, dai que os que se beneficiam do fundo mediante os requisitos exigidos, fazem o desvio de aplicação, porque perceberam que combater a pobreza absoluta é produzir para viver bem.
Ninguém nasce sabendo tudo, portanto, é imprescindível a intelectualização numa primeira fase nas estratégias do combate a pobreza absoluta, do mesmo jeito que se investe na componente material, o mesmo deve servir na componente teórica Vivemos uma campanha de combate à pobreza absoluta sem ensinamentos, são arriscados milhões em pessoas que não tem a partícula criativa e intelectual.

Abraço Forte

Por: Benigno Papelo