| 0 comments ]


A forma que você lida hoje com o dinheiro expressa toda a sua vida, e tem raízes profundas na sua formação.
Todos os dias encontramos pessoas dizendo:
-“ Estou passeando no shopping e sempre acabo comprando coisas que não preciso, tais como uma bolsa, um par de sapatos ou um perfume a mais. Pago com cartão de crédito ou cheques pré-datados, e no fim do mês não sei o que fazer para pagar. Sempre gasto muito mais do que eu queria. E pior, muitas vezes, nem uso aquelas coisas.”
Algumas pessoas compram movidas a compensar um estado de ânimo:
“Quando brigo com meu marido (ou meu namorado) sai caro... É irresistível, saio e ao voltar para casa quantas compras inúteis... no fim do mês terei problemas para pagar. Sei que os juros do cartão de crédito são altos, mas fazer o quê?”
Não há nada de errado em comprar o que se quer. Porém, comprar por impulso até sem querer, muitas vezes é resultado do que denominamos - comportamento compulsivo para compra. Esta atitude é puramente emocional. Funciona como uma compensação afectiva. A compra em si dá prazer, mas não substitui a ausência de afecto. A ação de compra é apenas um desvio da energia da raiva, que poderia ser utilizada para outras finalidades construtivas, tais como realizar uma tarefa qualquer, fazer uma caminhada, ou conversar com um amigo.
O que talvez você não saiba é que esta atitude compulsiva de compra tem a ver com sua infância, na forma como você sentia seus pais lidarem com o dinheiro.
Por exemplo, uma criança que via a mãe lidar com a falta de dinheiro, pode, inconscientemente, manter na vida adulta a necessidade de suprir aquela velha carência. Este adulto provavelmente registou a sensação de que o dinheiro serve somente para o necessário e essencial, sobretudo, para o sustento da família. Então, ele pode tentar compensar esta carência através de um comportamento compulsivo para compra.
Uma outra criança diante da mesma situação pode haver desenvolvido um comportamento muito parecido com o da mãe, associando dinheiro a escassez. Neste caso, na fase adulta, mesmo tendo uma boa situação financeira, esta pessoa não se permite usufruir do dinheiro e da abundância para si me sma. Pode não lhe faltar nada, mas é como se vivesse sempre sem dinheiro.
Se você também foi educado ouvindo estes ensinamentos que fizeram parte de uma época econômica anterior, de dificuldades financeiras reais, comece prestando atenção na forma como sua mãe, ou a pessoa que fez o papel de mãe, lidava com o dinheiro quando você era criança. E perceba se o seu comportamento é idêntico ao dela ou se é exatamente ao contrário.