O JAZZ acaba de ficar órfão de uma grande voz, a da cantora e compositora Abbey Lincoln, mulher de percurso tão inconfundível quanto útil para aquele nobre estilo musical. Considerada a última grande dama do jazz, Lincoln morreu sábado em nova Iorque aos 80 anos.
As causas da morte não foram divulgadas, mas o estado de saúde da cantora era considerado delicado desde que em 2007 foi operada ao coração.
Personagem controversa pela sua actuação em prol dos direitos humanos e raciais nos anos de 1960 nos Estados Unidos, Lincoln deixa também neste campo a sua marca, tal como o fez no cinema, em que fez êxito e se retirou muito cedo, tendo reaparecido em força na década de 1990 como cantora, compositora e líder espiritual.
Abbey Lincoln contracenou com Ivan Dixon em 1964 no drama racial "Nothing But a Man" e com Sidney Poitier em "For Love of Ivy" (1968).
A cantora, uma das muitas influenciadas por Billie Holiday, tida como a primeira grande dama do jazz, teve uma longa e produtiva carreira, tendo continuado a actuar até 2007, quando adoeceu. Gravou o seu último CD, "Abbey Sings Abbey", em 2007, aos 77 anos.
Abbey Lincoln era o nome artístico de Anna Marie Wooldridge. Nascida a 6 de Agosto de 1930, em Chicago, no Illinois, cresceu na área rural de Michigan, tendo sido a décima entre 12 irmãos. Aos 19 anos mudou-se para Los Angeles, onde começou a carreira.
Entre as suas últimas interpretações contam-se "The World Is Falling Down" (1990), "Devil's Got Your Tongue" (1993), "A Turtle's Dream" (1995) e "Who Used to Dance" (1996).
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