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Por:Constâncio Nguja

"Vejo África como uma parte fundamental do nosso mundo interconectado, como parceiros com a América em nome do futuro que queremos para as nossas crianças. Essa parceria deve ser aterrada na responsabilidade mútua e respeito mútuo. "

Presidente Obama, Accra, Ghana, Julho de 2009

Este artigo pretende dar a dar a reflectir sobre as oportunidades que a Africa tem estado a perder no sistema internacional por não estar organizada internamente.

Neste ano, dezassete países da África subsahariana comemoram cinquenta anos de independência. Em homenagem a este importante momento histórico, o presidente Obama organizou um fórum para 115 jovens líderes Africanos em Washington, DC, de 3 a 5 de Agosto corrente. Os 115 jovens líderes representavam a sociedade civil e o sector privado de mais de 40 países na África sub-sahariana.
Questão para reflexão: quando e como os nossos jovens “representantes” pensam em partilhar a sua experiência com o país? Podem transmitir a experiência através de artigos, palestras, etc.

A Administração de Obama enfatiza que "a responsabilidade mútua deve ser a base para a parceria entre Africa e América, tendo identificado quatro áreas críticas para o futuro da África: fortalecimento e sustentabilidade da democracia, oportunidades e desenvolvimento, fortalecimento da saúde pública, e a resolução pacífica de conflitos.
Questão: Até que ponto nós Africanos estamos interessados numa democracia forte e sustentável? Até que ponto estamos dispostos a partilhar oportunidades sem olhar para as cores políticas, étnicas, etc?
Até que ponto estamos dispostos em resolver pacificamente os nossos conflitos? Vide a Guiné Bissau e tirai as vossas conclusões.
No plano da Saúde Pública, em Maio de 2009, o Presidente Obama anunciou o Global Health Initiative (GHI), iniciativa de seis anos, orçada em 63.000 milhões de dólares que tem por base o progresso e o sucesso do Plano de Emergência do Presidente para o Alívio de do SIDA (vulgo PEPFAR). Esta iniciativa inclui investimentos para a capacitação dos sistemas de saúde em África.
Sobre as crises, os EUA afirmam o seu empenho numa estratégia de resolução dos conflitos do Sudão, Somália, República Democrática do Congo, Guiné-Bissau, entre outras.
Questão: Até que ponto os actores internos nesses países se têm engajado?
Quanto ao reforço do sector privado, os EUA afirmam o seu engajamento no impulsionamento ao comércio com o continente negro através do African Growth Opportunity Act (vulgo AGOA).
Questão para reflexão: até que ponto Moçambique tem se beneficiado do AGOA?
A Administração Obama refere-se ao engajamento do alto nível através dos seus contactos físicos (visitas) com alguns líderes Africanos.
Tal foi com o Ghana em 2009, envolvendo o próprio presidente Obama. Outros encontros envolveram a Secretária de Estado, Hillary Clinton na sua visita a África do Sul, Angola, Cabo Verde, Nigeria, Quénia, e República Democrática do Congo.
A Administração Obama apresenta inúmeras acções visando elucidar a sua iniciativa de engajamento com o continente Africano.
Quais são as iniciativas que o continente Africano desenhou para explorar o relacionamento com os EUA, e a Administração Obama em particular?
Não nos vangloriamos tanto de ter um “filho com sangue africano” na Casa Branca, há um ano? Como temos tentado tirar o proveito disso?
Quando Chika Oneyani (2000) faz comparação entre a raça negra e um povo similar, ele busca os judeus. Ele diz que temos em comum a história de rejeição. Entretanto, divergimo-nos na solução... Os judeus sofreram a diáspora e o holocausto, mas após a II Guerra Mundial juraram usar a sua inteligência para nunca mais voltar a sofrer. Hoje esse povo controla a informação, a opinião pública, a política externa dos EUA, a riqueza global, o conhecimento, etc.
Sabiam até que a Chelsea Clinton, filha do Bill e Hillary Clinton casou com um judeu? Para dizer que até o futuro é controlado pelos judeus.
Nos EUA, há instituições específicas para tratar do lobby judeu. A mais influente é o AIPAC. Podem conferir em www.aipac.org
Esta instituição faz lobby com qualquer candidato à presidência dos EUA antes de assumir o poder. Ela assegura-se que os interesses dos judeus estarão protegidos e em seguida financiam as campanhas, tanto do lado dos Republicanos como dos Democratas.
Não é só nos EUA... na Europa também existe o poder judeu. Sabiam que o Presidente Nicolas Sarkozy da França tem raízes judias?
Questão: Quando é que os Africanos farão o seu lobby internacional? Quando é que ultrapassaremos as nossas diferenças e veremos que temos problemas comuns que têm que ser resolvidos comumente? Não é sempre que se tem um filho Africano no centro de poder... Pensemos nisso! Analisando a trajectória do Congresso, Senado e outras instituições de poder americanos, não há nenhum nome Africano sonante para os próximos dez anos, tanto do lado dos Democratas como dos Republicanos.