Meninas famosas levam em público a vida de excessos que antes era uma exclusividade dos rapazes
Aconteceu o que todo mundo previa: Britney Spears, a cantora que surtou, e Lindsay Lohan, a actriz que nunca foi muito normal, aprontaram novamente. O que o comportamento das Britneys e Lindsays aponta é a existência de um clube novo, o das bad girls – meninas novinhas, ricas, famosas e admiradas que bebem, sim, consomem drogas, sim, farreiam a noite toda, sim, saem dos clubes carregadas, sim, e, se alguém vir, azar. " Contribui muito também, o facto de as próprias meninas famosas "exibirem e ressaltarem seu descontrole para aumentar o interesse da mídia".
Britney comprovou isso na tarde quente em que, passando pela praia, tirou a roupa, entrou no mar gelado de calcinha e sutiã e de lá saiu directo para as lentes de um batalhão de paparazzi, os mesmos de quem reclama, tendo chegado a agredir o carro de um deles com um guarda-chuva no dia em que raspou a cabeça... uma combinadíssima entrevista desandou quando ela 1) chegou atrasada; 2) não falou coisa com coisa; 3) sujou e destruiu parte do guarda-roupa milionário reunido para as fotos; 4) foi repetidas vezes ao banheiro, de onde saía cada vez mais descontrolada; e 5) sem dar entrevista nem fazer fotos, foi embora vestindo 15.000 dólares em roupas, sapatos e jóias emprestadas.
Aos 25 anos, Britney tem dois filhos, um ex-marido aproveitador, um guarda-roupa atroz e passagens por clínicas de reabilitação. Por algum tempo foi amicíssima de Paris Hilton, 26 anos, milionária por profissão, que recentemente passou 22 dias na cadeia por dirigir com a carta de condução apreendida (estava alcoolizada). Paris a deixou, assim como deixou, depois voltou, depois deixou novamente. Nicole Richie, 25 anos, consumidora confessa de drogas pesadas, que acaba de saber que vai passar quatro dias na cadeia pelo mesmíssimo motivo da ex-melhor amiga. São, todas elas, mais velhas que Lindsay, 21 anos completados, e currículo carregado: passou um ano de boate em boate, alteradíssima, em maio se internou para 45 dias de tratamento, saiu com um detector de álcool afivelado ao tornozelo – e prontamente voltou a beber. perseguiu um carro de madrugada, foi pega pela polícia e ainda tinha cocaína no bolso da calça.
Não são, nem de longe, as únicas estrelinhas da pá virada. Hayden Panettiere, 17 anos, a cheerleader do seriado Heroes, já foi vista saindo de festas mais para lá do que para cá. Idem Mischa Barton, 21 anos, do extinto seriado The O.C. Na Inglaterra, a vida das cantoras mais comentadas da novíssima leva do rock britânico, Lilly Allen e Amy Winehouse, é, literalmente, um livro aberto. "Ando me embebedando demais porque fico nervosa, com medo de fazer shows ruins", escreveu Lilly, 22 anos, em seu blog durante recente turnê pelos Estados Unidos. "Não estou aqui para ser modelo de ninguém", avisa a magérrima Amy, 23, autora de uma espécie de hino anti-rehab, que já teve "todo tipo de distúrbio alimentar" e, nas próprias palavras, toma champanhe no café-da-manhã e almoça vodka, uísque e licor. Embora apareçam mais, bebam mais e farreiem mais, as celebridades são reflexo de excessos visíveis na vida da maioria das adolescentes.
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